Dizem que a melhor forma de aprender alguma coisa é colocando os conhecimento em prática. Com esse pensamento em mente resolvi participar em setembro de um Hackathon pela primeira vez para poder por em prática todo o conhecimento de UX/UI que venho estudando.
Fiquei sabendo do Hack pela Gastronomia e justamente por ser remoto e mais longo que a maioria, com 4 dias de duração, resolvi participar para testar meus conhecimentos e para aprimorar as minhas soft skills.
Talvez tenha sido sorte de iniciante mas juro que a minha equipe foi a melhor! Éramos em 6 pessoas: 2 UX designers, 1 engenheiro, 1 logística, 1 business e 1 estudante do ensino técnico. 4 estavam ali pela primeira vez, 1 estava participando pela segunda vez e só 1 já tinha passado por mais de 3 Hackas. Detalhe, nosso mentor também era iniciante! Ai você deve estar pensando: “Putz, a maioria é novata. Não vai dar certo!” Pois eu digo que deu e muito! Tanto que por estarmos todos empolgados e animados fomos logo a primeira turma a ser formada!
Discutimos brevemente sobre os desafios disponíveis e escolhemos o tema que tratava a área de comunicação. O desafio era propor soluções e estratégias para que os estabelecimentos conseguissem encontrar e se comunicar melhor com o seu público para ampliar receita e fidelizar clientes.
Começamos então a discutir ideias e por conta de duas integrantes do grupo serem alérgicas a certos tipos de alimento resolvemos explorar essa ideia. A proposta era auxiliar os restaurantes e marketplaces do ramo a proverem informações relevantes aos clientes que possuem restrições alimentares, como alergias, doença celíaca, vegetarianismo entre outros, por meio de uma interface de programação de aplicativos, o que tornaria o processo ágil e com custo compatível com o mercado.
Começamos então a pesquisar mais sobre a nossa ideia e a levantar dados para que pudéssemos validar a nossa proposta e nos deparamos com o seguinte cenário:
Percebemos então que havia uma parcela da população que poderia se beneficiar da nossa solução, pois mesmo que os restaurantes e aplicativos tenham opções diferentes de pratos que atendam ao público vegetariano e vegano, ainda assim restariam as pessoas que precisavam saber a composição exata do prato escolhido.
Pensando nisso começamos a lapidar melhor as nossas ideias, então sugeri utilizarmos a Matriz CSD no Miro para organizamos melhor e chegamos ao AccessEat, uma plataforma que seria integrada aos aplicativos de delivery com o propósito de informar aos restaurantes as restrições alimentares dos clientes e ao mesmo tempo informaria esses clientes sobre os ingredientes utilizados no preparo do prato.
Utilizamos também o canvas da proposta de valor para podermos entender melhor como nosso produto funcionaria levando em consideração o lado de negócios.
Além da função principal, o aplicativo avisaria o cliente dos riscos de uma possível contaminação cruzada, informando que no restaurante específico alimentos que lhe causam alergia também são manuseados.
Com relação aos restaurantes, eles seriam devidamente informados através de um manual de conscientização sobre as necessidades desses clientes e assinariam um termo de qualidade e legitimidade dos produtos, se responsabilizando sobre as informações fornecidas.
Os restaurante participantes além de poderem oferecer uma experiência melhor ao usuário passariam a ter um diferencial perante outros e como consequência alavancando mais as vendas e criando uma relação maior com esse público em específico.
Antes de começarmos com a fase de prototipagem começamos primeiro explorando a jornada do usuário e refletindo como nosso produto se encaixaria na vida dele.
Sugeri utilizarmos a técnica de Pixar Storytelling para essa etapa e para a minha surpresa a ideia foi tão bem aceita que foi repostada pela própria organização no mural geral do discord!
A nossa versão ficou assim:
Um restaurante estava com dificuldade de se comunicar com uma cliente que possuía uma condição autoimune causada pela intolerância ao glúten. O dono deste restaurante viu em um anúncio no YouTube sobre uma nova plataforma que informaria como deveria ser o manuseio e processo de selecionar e fazer os produtos para que a cliente pudesse comer lá e ficar satisfeita. Após conversar com a equipe da plataforma e os primeiros testes ideia funcionou e o restaurante conseguiu atender essa cliente. Mal sabia o dono do restaurante que a cliente era uma influencer no Instagram, que contou sobre o ocorrido para milhares de seguidores, que passaram a pedir comida neste restaurante aumentando assim a receita e lucro desse restaurante.
Com isso tudo em mente começamos então com a fase de wireframe de baixa fidelidade.
E depois de conversar com alguns mentores e testarmos o nosso produto com alguns usuários, partimos para prototipação final levando em consideração os feedbacks e insights recolhidos. Você consegue ver maiores detalhes do protótipo navegável do usuário e o do restaurante.
Apesar da correria entregamos todas as etapas e estávamos satisfeitos com o nosso trabalho. O Hacka contou com várias Lives durante o processo, que ajudaram a guiar as entregas de cada etapa.
Só quem participa de um Hacka pode sentir como é incrível a energia e a adrenalina que rola no ar; mesmo sendo remoto adorei demais a experiência, poder interagir com pessoas de diferentes estados e de diversas áreas é muito agregador. Pude aprender técnicas e ferramentas novas, aprendi a trabalhar melhor em grupo, aprender a ouvir e a me expressar melhor e entender que cada um tem o momento certo de “brilhar” dentro do processo.
Uma coisa que eu fui descobrir só na hora da classificação era que muitas start-ups também estavam participando. Então muitos times que estavam ali já tinham o produto em andamento no mercado. Achei um pouco injusto, mas enfim, estava orgulhosa da minha equipe por termos dado nosso melhor e construído um produto do zero em tão pouco tempo.
E para a nossa surpresa tivemos a maravilhosa notícia de que dos 71 projetos submetidos 14 se classificaram para final, entre eles a gente! Uhuu! Fiquei muito feliz com o resultado alcançado!
E para quem nunca participou, recomendo fortemente entrar em um Hackathon. A troca de experiência, a possibilidade de por em prática o aprendizado que você já tem e a sinergia que rola entre as pessoas, valem muito a pena!
Development of a landing page targeting both Brazilian customers in the US and American citizens, focusing on user experience and conversion rate optimization. Additionally, improve the platform's user flow for increased intuitiveness and efficiency
Implementation of a Design System to integrate all the different systems creating a seamless and improved user experience. Optimizing existing products to enhance eficiency, especially considering the need to handle sensitive information
